No mais recente artigo do Blogue SHIFT, “Considerações sobre smart cities a partir do caso de Florianópolis (Brasil)“, Gregório Ayala (UFSC/ICS-ULisboa) analisa a agenda urbana Smart Floripa 2030 da Cidade de Florianópolis (Santa Catarina, Brasil) e dá a conhecer a sua investigação, que incide nesta agenda e nas suas “implicações políticas mais amplas”.
“Smart Cities representam uma tendência urbana em crescimento, mas sua definição permanece elusiva e frequentemente é moldada pelos interesses dos idealizadores de seus projetos. Embora falte consenso, o termo smart geralmente se refere à integração de tecnologias avançadas, como conectividade, telas e sensores nas paisagens urbanas. O objetivo geral é otimizar recursos, gerar nova riqueza e influenciar o comportamento dos habitantes da cidade (Moroz e Bria, 2019). […] Embora as smart cities não tenham se originado no Sul Global, elas se tornaram uma discussão crucial no Brasil, sendo apresentadas como uma necessidade para os municípios competirem por investimentos. Em 2020, um conjunto de pesquisadores, associações locais e a Prefeitura de Florianópolis, no sul do Brasil, lançou o relatório Smart Floripa 2030. Este projeto ambiciona posicionar a cidade como uma referência nacional para iniciativas Smart.”
Gregório Ayala é doutorando em Geografia pela Universidade de Federal de Santa Catarina e visitante no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Seus principais interesses de pesquisa incluem: estudos urbanos, tecnologia, segregação espacial, governança, políticas públicas e lutas por habitação.