Dezasseis anos passados sobre a criação da Área Protegida do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina assistimos a um recorrente confronto de interesses de cujo resultado depende a preservação dos valores ambientais que justificam a existência do actual Parque Natural. O objectivo deste projecto é perceber como se estabelece o confronto entre os interesses locais (que apostam no crescimento de uma indústria que, no vizinho Algarve, deu já provas de produzir mais valias a curto prazo) e os interesses globais (assentes nos valores da conservação da natureza, mas que são vistos como algo estranhos às realidades locais e, mesmo, como entraves ao normal desenvolvimento local) e de que lado se posicionará o poder central nacional que, apesar dos compromissos assumidos, mostra alguns sinais de abertura às exigências desenvolvimentistas dos lobbies turísticos locais.