Novo artigo no Blogue ATS, da autoria de Lanka Horstink (investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), sobre “A inconcebível perda das sementes agrícolas enquanto bem comum”.
“Se uma semente dá apenas uma planta, já essa planta pode dar centenas de novas sementes. A semente contraria assim as condições de escassez e obsolescência necessárias para manter a trajectória capitalista de crescimento e de lucro permanentes. Desde cedo na industrialização da agricultura se procuraram soluções para estes entraves biológicos ao crescimento económico. Assim, a obsolescência programada foi introduzida no sector com a invenção das sementes híbridas, cujos produtos são normalmente estéreis, obrigando à aquisição de novas sementes a cada ano.”