No post do Blogue SHIFT intitulado “Serviço Social Brasileiro no espaço urbano: O trabalho na perspetiva do direito a moradia“, Francine Helfreich (Universidade Federal Fluminense, Brasil) explora as sinergias entre o serviço social e as políticas urbanas, partilhando a sua análise de comunicações científicas e debates realizados na última década no Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais e no Encontro Nacional de Investigadores em Serviço Social.
“O Serviço Social brasileiro apresenta uma relação extremamente próxima com o desenvolvimento das políticas urbanas […] a questão urbana no Brasil engloba uma complexidade de problemas que se articulam entre si. A ausência de regularização da posse da terra, o crescimento das favelas, a insuficiente e ineficaz mobilidade urbana, a falta de assistência técnica de interesse social, o crescimento das milícias policiais mediando a vida nos territórios, as guerras dos grupos civis armados, a política de segurança pública equivocada e, por fim, a negação do direito à cidade nos termos defendidos por Henri Lefebvre, são alguns exemplos que podemos citar. É justamente no conjunto dessas das expressões da questão social – termo usual da categoria profissional – que os assistentes sociais brasileiros executam seu trabalho.”
– Francine Helfreich é assistente social e doutora em Serviço Social. Professora do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Desenvolvimento Regional – UFF/ Brasil, com experiência na área de trabalho profissional, educação, questão urbana e favelas. Integra o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Favelas e Espaços Populares (NEPFE) e o Núcleo de Projetos Urbanos e Habitacionais (NEPHU).