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Militarização dos desastres
2017

Tipo de publicação: Ata

Raul Kleber de Souza Boeno, Renate Kottel Boeno, João de Azevedo, Viriato Soromenho-Marques, Luísa Schmidt (2017). Militarização dos desastres [Militarization of disasters]. In Atas da Conferência Internacional Riscos, Segurança e Cidadania [International Conference Risks, Security and Citizenship Proceedings], pp. 246-257. Setúbal: Município de Setúbal. https://bit.ly/2UMfnwy

Considerando os motivos pelos quais os militares estão atentos à relação entre segurança e alterações climáticas (AC), o artigo tem como objetivo identificar os reflexos dessa relação nas forças armadas (FA) e a necessidade de capacitação de seus recursos humanos para atuarem na gestão de riscos e desastres. O artigo também apresenta resultados de uma pesquisa acerca da percepção do setor militar sobre a securitização das AC e atuação das FA em desastres. Para isso, apoia-se nas teorias da securitização e dos Complexos Regionais de Segurança (CRS) e na Declaração de Sendai. O recorte espacial é o eixo ibero-americano, que abriga os CRS da América do Sul e o Subcomplexo Ibérico (CRS Europeu), recebendo maior influência doutrinária militar dos Estados Unidos da América (EUA) e da North Atlantic Treaty Organization (NATO), respectivamente. O recorte engloba os Exércitos de Terra da Argentina, Brasil, Chile, Espanha e Portugal, inseridos num processo de transformação. Os resultados apontam para a existência de uma possível tendência ibero-americana de militarização dos desastres, materializada pela criação de unidades militares específicas para atuar em desastres; a necessidade de ampliar capacidades militares para gestão de desastres; a limitação da atuação das FA apenas em algumas fases dos desastres.