destaque
Blogue SHIFT | A Vida por Cima d’Água: Antropologia Implicada por Quem Trabalha na Pesca em Setúbal
Esta semana no Blogue SHIFT, Joana Sá Couto (ICS-ULisboa) e Vanessa Iglésias Amorim (CRIA-Iscte/ESE-IPS) refletem sobre a dinamização de atividades participativas num evento da Câmara Municipal de Setúbal e da Setúbal Pesca-Associação da Pesca Artesanal, que teve como objetivo destacar e valorizar a comunidade piscatória de Setúbal. Este artigo a não perder é intitulado “A Vida por Cima d’Água: Antropologia Implicada por Quem Trabalha na Pesca em Setúbal“.
“A atividade piscatória enfrenta, atualmente, desafios ambientais, económicos, sociais e políticos de diversas escalas, que aumentam a incerteza inerente à atividade e dão força a narrativas de crise sobre a pesca. Porém, ao conversar com trabalhadores do mar, reconhecemos o gosto pela atividade e a profunda complexidade dos conhecimentos necessários não apenas para sobreviver, mas também para ter uma vida digna. Citando um pescador de 87 anos: “Trabalhei muito. Fiz a minha vida e fiz bem aos meus, estou feliz”.
  • Joana Sá Couto é antropóloga, doutoranda no Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável do ICS-ULisboa, e integrada no Grupo de Investigação SHIFT – Ambiente, Território e Sociedade. Tem vindo a trabalhar em questões relacionadas com o ser humano e a natureza, conhecimento local e ciência transdisciplinar. Atualmente trabalha no contexto das comunidades piscatórias e da sustentabilidade dos oceanos.
  • Vanessa Iglésias Amorim é antropóloga, doutorada em Antropologia pelo Iscte-IUL, investigadora no Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA-Iscte) e atualmente é professora convidada na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE-IPS). Trabalha sobre incerteza, reprodução social e sustento em contextos piscatórios e tem vindo a colaborar com várias associações do sector da pesca. Tem também trabalhado em vários projetos no cruzamento da antropologia e teatro, consolidando a sua abordagem de investigação implicada e colaborativa.