Hoje no Blogue SHIFT contamos com a colaboração de Lanka Hostink (ICS-ULisboa), no seu post que desenvolve “Uma análise crítica da inovação na Agricultura 4.0“.
Neste artigo a não perder, saiba mais acerca das implicações do modelo agro-alimentar dominante, que considera a inovação tecnológica como a “solução principal para os problemas da sustentabilidade da agricultura”, e conheça a abordagem da Agroecologia, que reconhece que “os sistemas de inovação não são neutros, [e…] sustenta a reconexão com os agro-ecossistemas, enfatizando os benefícios a longo prazo”.
“Em vez de abordar a regeneração dos solos, água, florestas, variedades de plantas e mercados locais, a missão principal da Agricultura 4.0 é aumentar a produtividade agrícola e o crescimento, preservando os modos actuais de produção, comercialização e consumo de alimentos. Esta missão está habilmente embrulhada num discurso de desenvolvimento sustentável com foco nas questões que preocupam os governos, tal como a segurança alimentar. Ficam assim de fora da análise questões como o acesso à terra e à comida, a definição do preço, o acesso ao crédito e o (des)equilíbrio de poderes nas cadeias agro-alimentares.”
Lanka Horstink é socióloga afiliada ao ICS-ULisboa. Trabalha nas áreas da economia política e ecologia política dos sistemas agro-alimentares, com ênfase na qualidade ecológico-democrática. Entre os seus projectos actuais estão o desenvolvimento de um curso em agroecologia para agricultores e um Diagnóstico Rural Participativo na região de Odemira.