O atual contexto de crise financeira e económica, que conheceu o seu início em 2007, veio estimular a elaboração de documentos estratégicos e prospetivos por parte de múltiplas entidades internacionais e nacionais. Não obstante a sua diversidade, todos eles salientam a necessidade de uma transição para novos modelos de desenvolvimento socioeconómico, no sentido não só de ajudar a superar a atual crise mas também de evitar as externalidades ecológicas associadas ao modelo de crescimento económico prevalecente nas últimas décadas. Qual o grau de adesão dos portugueses às propostas apresentadas? Reconhecerão eles a necessidade de modelos de desenvolvimento socioeconómico alternativos e mais sustentáveis? E, em caso afirmativo, o que pensam sobre a natureza, a intensidade e as características dessa mudança, as prioridades a assumir em diversos domínios relacionados com a economia ou os instrumentos e os agentes mais relevantes para estimular a mudança desejada? E o que estão dispostos a sacrificar em nome dessa mudança? Em suma, como veem os portugueses a economia do futuro e a forma de a construir? O objetivo deste estudo é ajudar a responder a estas questões, revelando as atitudes e as opiniões de três universos – População em geral, Empresários e Autarcas – face a opções contrastantes sobre a economia do futuro, aferindo o seu grau de adesão às referidas propostas de mudança e tentando, ainda, perceber se as atitudes e as opiniões expressas se associam a valores e a características particulares dos inquiridos.