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Eco-militância e Sociedade Portuguesa: Percepções e Representações do Ambiente

1998

As Organizações de defesa do Ambiente (ONGA) têm tido um papel importantíssimo na criação de sentimentos de cidadania que se repercutem para fora do exclusivo tema ambiental. Daí a fertilidade que uma comparação entre os dois universos — população portuguesa / dirigentes, quadros técnicos e activistas do movimento ambientalista — pode ter na avaliação do processo de percepção e consciencialização ambiental na sociedade portuguesa, permitindo ao mesmo tempo, a análise da diversidade de sensibilidades existente entre as três maiores ONGA de âmbito nacional e, por via delas e dos seus membros mais activos, do activismo ambiental em geral. Não é objectivo deste projecto, no entanto, uma análise exaustiva destas organizações, muito menos se trata de um estudo sobre as mesmas ou sobre o movimento ambientalista em geral. Interessa-nos, tão só, perceber o processo de mudança paradigmática entre os dirigentes, quadros e membros mais activos do movimento ambientalista, suas representações e percepções do ambiente e de que forma e em que grau se distanciam da população em geral, pressupondo como já foi dito, que se trata de um grupo que se posiciona na vanguarda de novos comportamentos e atitudes ambientais, rumo a uma sociedade mais equilibrada e sustentável.